quarta-feira, maio 02, 2012

Hasteiem as bandeiras.

E lá estava a antiga bandeira tremulando outra vez no céu da capital, dando boas vindas a novos triunfos, exalando um passado de glórias, apontando o caminho para a vitória.
O grito enfim saiu da minha garganta, o grito de gol, o grito de alívio, o grito de felicidade pelas três cores! Naquele momento meu peito era tricolor, a minha alma se inflamava a cada hino da torcida e os olhos lacrimejavam a cada investida no ataque.
A bandeira estava mais vibrante do que o normal, parecia ter vida, parecia estar angustiada com o jogo que assistia; o manto se estendia sobre a multidão, tomava conta de todo o templo sagrado, era ostentado por homens e mulheres tricolores.
A chuva não era capaz de deter os onze guerreiros em campo, que se comportando como tais partiam ao ataque com sangue nos olhos e sede de vitória. A ponta da lança era um jovem goleador, esse justamente regido pelo jovem maestro camisa 7, que tinha respaldo pelo seu lado esquerdo de um lateral sobrevivente da velha tradição dos ‘pontas esquerdas’ desse nosso Brasil, que não se preocupava com as subidas pois sabia da carrancuda dupla de zagueiros que junto ao promissor camisa 1, guardavam a meta São Paulina.
Ao apito final, mesmo com a adversidade no placar e o fim de um sonho, a bandeira tricolor tremulou no Morumbi e dentro do meu coração, afinal depois de anos, consegui ver novamente o peso da camisa tricolor, a dedicação e a luta de cada um dos onze representantes de uma nação e pude novamente vestir o manto sagrado com orgulho e com uma certeza: As três cores estão de volta aos céus.