sexta-feira, julho 25, 2014

Resquícios.

O perfume acabou,
e no frasco,
só restou um pingo
da lembrança.
E aquela fotografia,
guardada em uma pasta esquecida,
que traz consigo uma vida;
que agora,
tão distante,
parece desconhecida.
E o abraço,
daqueles braços - na época -
insubstituíveis;
trazem ao peito,
até hoje,
aquele mesmo aperto,
mas sem ser abraçado.
E daí vem a música,
tocando baixo,
dentro do coração,
trazendo de volta,
toda aquela trilha sonora,
de um filme particular
e tantas vezes assistido.
E então,
o sorriso,
ou a lágrima,
Surgem para te lembrar:
Que tudo aquilo,
foi verdade.
Mas que hoje,
São apenas lembranças,
E um tanto de saudade.

segunda-feira, julho 21, 2014

Mais é menos.

Aqueles que muito amam,
do amor desconhecem ao todo.
Com um suspiro,
meia dúzia de palavras,
e uma noite,
Juram eternidades,
que por fim,
Findam.
E aqueles,
que mesmo sem conhecer,
o próprio coração,
se entregam sem temer.
E sem saber,
amam.
E por fim,
a peça se resume ao ato:
Os de muitos amores,
Sobrevivem pela busca.
E os de poucos,
nem que uma única vez,

vivem.

sexta-feira, julho 18, 2014

Se loco!

Utópicos,
revoltados com tudo que não lhe foi dado,
e nem tirado.
E de seus telescópios,
enxergam com facilidade a dor alheia,
porém desconhecida e esquecida.
E de tantos tópicos,
o discurso ficou surrado;
E o orador?
Saiu ileso e hipócrita.
E com a precisão de um microscópio,
a próxima palavra foi escolhida,
Mas não dita.
Não d...
E do alto da loucura de seus psicotrópicos,
os filantrópicos,
choram amores,
aos amores,
que não podem amar.

segunda-feira, julho 14, 2014

Mais um sobre a copa.

Não sou formador de opiniões,
e te garanto, respeito muito sua!
Mas ela não vai mudar a minha.

Então, lá vai.
Mais um texto de copa.
E pra revolta pública, esse é falando bem.

Do primeiro apito,
ao ultimo,
eu estive aqui.
Acredito que fiz minha parte torcendo;
e que simplesmente virar as costas para esse evento,
e continuar fazendo merda em outubro,
não faz nenhuma diferença.
Então lá estava,
mais um torcedor.
Sem nome,
status,
ou diferenças.
De coração,
cordas vocais,
cara,
e barba descolorida.
Tudo pela seléça.
Abraçado no escapulário,
como se fosse terço,
Torcendo.
Mas não deu.
Se eu me arrependo?
De abraçar desconhecidos na hora do gol,
e me esquecer das divisões impostas pela sociedade?
De cantar o hino em uma só voz, sentindo o coração rebombar no peito?
De me sentir um pouco orgulhoso de um país que tanto nos decepciona?
De me encontrar com amigos e gravar julho na memória pra vida toda?
Me arrependo não viu,
A sexta estrela não veio,
Porém o sexto mês de 2014,
Foi incrível,
E inesquecível.

sexta-feira, julho 04, 2014

Fotografia dos olhos.

E o sorriso se tornou eterno,
os dentes deixaram de ser apenas dentes.
Olhos se tornaram mais que retinas,
e pupilas,
e íris,
e pálpebras,
se tornaram mais que cristalino.
A vida tirou uma foto para eternidade,
e lá estava sua alma,
feliz consigo mesma,
leve e sorridente.
Decretando ali,

que o melhor sorriso é aquele que vem de dentro.

quarta-feira, julho 02, 2014

Rotina sem rima.

Da pressa,
de amor,
e de vida;
rima,
para qual não se tem.
Palavra que se cala,
antes de ser dita,
e bagunça,
mas confuso,
aceito.
E minto.
E aceito novamente.
Querendo acreditar,
sonhando.
Acreditando não sonhar,
querendo.
Como se fosse possível,
igual a rima,
que não se tem.
Só de palavra,
afinal,
no final,
é que se vale o esforço.
De pensar,
de amar,

de sonhar.