quarta-feira, setembro 04, 2013

86 Bilhões de neurônios falando ao mesmo tempo.

Queria escrever versos revoltos,




Soltos,





Poucos.
Ou então, fazer um daqueles textos cabeça,
Sem pé,
Quem diria então a coitada da cabeça.
Versando,
Hora buscando,
Orando;
Por aquilo que não sei o que é,
Mas que tenho a impressão de ser um velho conhecido.
Estarrecido,
Como se as palavras corressem de mim;
Ou então,
Levassem-me ao divã,
E me questionassem o porquê de tantas linhas,
Entrelinhas em tantos assuntos paralelos.
Como se pudera eu saber,
Afinal das palavras, sei menos que as mesmas,
Que por si só se explicam.
Pior é o coitado do narrador,
Que, nem dor,
Nem amor,
Nem mesmo as concordâncias encontra em um texto assim, cabeça.